quinta-feira, 27 de outubro de 2011
ENLACE organiza atividade com Gilbert Achcar em São Paulo
Gilbert Achcar, conhecido militante internacionalista libanês radicado em Londres, professor na School of Oriental and African Studies - SOAS, virá ao Brasil para participar do 35º Encontro Anual da ANPOCS. Por iniciativa do ENLACE, corrente interna do PSOL, o companheiro Gilbert irá participar de uma reunião para debater sobre a Primavera Árabe e outros processos naqueles países. A atividade será no domingo, dia 30 de outubro, na sede do PSOL em São Paulo capital (Dr. José Queiroz Aranha, 342 – Vila Mariana – Próximo ao metrô Ana Rosa), com horário a confirmar. Veja o link da programação da ANPOCS onde Gilbert irá participar como conferencista. http://www.anpocs.org.br/portal/images/quadrogeral.pdf
TIPNIS: Lula e Evo
27/10/2011 | Roberto Malvezzi (Gogó) *
Evo perdeu. Lula perdeu. Perdeu o BNDES. Perdeu o Brasil.
Foi com perplexidade que simpatizantes do governo Evo Morales reagiram ao ataque violento do governo boliviano à marcha indígena contra a estrada que corta a reserva TIPNIS. Essa simpatia está em todo o mundo, não apenas dentro da Bolívia.
Porém, os brasileiros tiveram que pôr mais uma pulga atrás da orelha. Somos acusados pelos próprios marchantes de sermos os maiores interessados na estrada. Na verdade, ela atenderia mais aos interesses do agronegócio brasileiro da região Oeste, visando os portos do Pacífico.
Financiada pelo BNDES, a obra teve Lula como lobista da OAS para convencer Evo. Poucos dias depois da visita a marcha começou. Agora, vencedor, o movimento se indigna contra o imperialismo brasileiro.
As nações indígenas, com suas tradições milenares, não se comportam politicamente pela cartilha marxista-leninista de tática e estratégia. Muito menos pelo oportunismo. Elas não fazem aliança hoje para descartar seus aliados no dia seguinte, conforme exigem as conveniências do poder. Ao contrário, o elemento chave em suas alianças é a confiança. E não se abandona um aliado por conveniência. E, uma vez traída, dificilmente essa confiança será restabelecida.
O que se viu na Bolívia foi a lógica da sabedoria milenar indígena, isto é, Evo tem que respeitar a aliança que o levou ao poder, não o povo respeitar os novos interesses de seu governo. O povo indígena foi para a rua e foi reprimido violentamente. O governo voltou atrás e pediu perdão, declarando TIPNIS intangível. Somente o futuro dirá se essa atitude vai ser suficiente para restabelecer a confiança mútua, ou se a história seguirá por outros rumos.
No Brasil o PT jogou fora aliados históricos, impõe seus projetos pela força, passa por cima de comunidades indígenas e quilombolas, vai para a América Latina e África impor os interesses imperiais de empresas brasileiras. Lula tem sido o embaixador desse sub imperialismo do capital.
Depois de TIPNIS, quem sabe o governo brasileiro, além de prejudicar Evo, aprenda a respeitar melhor os indígenas do próprio país. Ou então, nos falta um levante como na Bolívia.
* Roberto Malvezzi (Gogó) é membro da Equipe Terra, Água e Meio Ambiente do CELAM (Conselho Episcopal Latino-Americano) e assessor da Comissão Pastoral da Terra - CPT.
quinta-feira, 8 de setembro de 2011
ALERTA LILÁS nº 02
Companheiras
O processo do nosso encontro nacional de mulheres está caminhando. Vários estados estão se mobilizando e reunindo suas militantes para debater os temas propostos e para organizar o setorial de mulheres localmente, o que irá fortalecer nossa organização coletiva nacionalmente. Nos próximos finais de semana, irão acontecer encontros no Pará, Amapá e outros.
Nesse percurso, entretanto, tivemos alguns imprevistos estruturais que criaram algumas dificuldades para os processos estaduais do encontro. Devido às imposições da justiça eleitoral, alguns estados encontram-se em situação irregular no que tange a questões administrativas e, por esse motivo, não poderão acessar a ajuda de custo que estava prevista para a organização dos encontros estaduais. Isso dificultou a realização de alguns encontros, como é o caso do RN, MG, ES, PR, entre outros que manifestaram dificuldades diversas. Por outro lado, a coincidência das agendas dos congressos municipais do PSOL e dos encontros estaduais de mulheres também vem dificultando que a mobilização das mulheres em alguns estados seja feita a contento.
Por esse motivo, várias companheiras que estão dirigindo os processos estaduais solicitaram que a data do Encontro Nacional de Mulheres fosse adiada para depois do Congresso Nacional do partido, como forma de garantir que os estados que estão com dificuldade não deixem de participar desse momento tão importante para a luta feminista e para a auto-organização das mulheres.
Sendo assim, a comissão organizadora, reunida no dia 07 de setembro, decide adiar o 2º Encontro Nacional de Mulheres do PSOL para os dias 16, 17 e 18 de dezembro, na cidade do Rio de Janeiro. A data limite para a realização dos encontros estaduais de mulheres também foi adiada para o dia 11 de dezembro.
Solicitamos que os estados que decidiram adiar os seus encontros enviem um comunicado formal de seu adiamento para a comissão organizadora nacional até o dia 15 de setembro, pois precisamos nos reorganizar para acompanhar e contribuir com os encontros estaduais que manterão suas datas inalteradas.
Várias iniciativas estão sendo tomadas para que tenhamos bastante visibilidade no congresso nacional do partido e, ao mesmo tempo, para que tenhamos uma política de finanças própria das mulheres. Para isso, estamos providenciando materiais de divulgação e visibilidade do setorial, como camisetas, bandeiras e outros. Além disso, a revista sobre feminismo que está sendo organizada pelas mulheres do partido juntamente com a Fundação Lauro Campos será lançada durante o 3º Congresso Nacional, como forma de contribuição das mulheres a esse momento partidário.
Portanto, companheiras, mãos a obra! Precisamos intensificar nossa organização em torno desse processo, que está em sua reta final e que, seguramente, terá um resultado à altura do nosso compromisso com a construção do setorial de mulheres do PSOL.
Saudações feministas.
Comissão Organizadora do Encontro Nacional de Mulheres do PSOL.
Assinar:
Postagens (Atom)